Pular para o conteúdo principal

A mão esquerda de Deus [Paul Hoffman]

O Santuário dos Redentores é um lugar habitado por meninos que foram tirados de suas famílias e levados para lá muito novos, uma mistura de prisão com treinamento militar e monastério.

Lá, esses garotos são submetidos a uma sádica preparação para lutar contra hereges que vivem nas redondezas. A intenção dos Lordes Redentores, os monges que cuidam do lugar, é fortalecer os internos tanto física quanto emocionalmente, preparando-os para uma monstruosa guerra entre o bem e o mal. Entre os jovens está Thomas Cale, um garoto de 14 ou 15 anos, ninguém sabe, que nada se lembra de sua vida antes do Santuário. Treinado exaustivamente pelo Redentor Bosco, tanto na arte de lutar quanto na capacidade de planejar batalhas.

Isso se põe à prova quando ocorre um assassinato nos corredores do monastério onde Cale, junto de Henri Embromador e Kleist fogem do santuário para a cidade de Memphis, maior império do mundo.

//

Esse livro, o primeiro de uma trilogia, é um tanto quanto diferente do que eu achei que seria.

Obviamente ele carrega uns elementos de religiosidade, manipulação da crença como um título que leva "Deus" no nome é esperado, mas ainda assim não é como eu esperava que fosse, o que é algo bom, me surpreendeu.

A história se passa em terceira pessoa, contanto sobre a vida do personagem principal, Thomas Cale. Ele, junto com milhares de crianças, foram vendidas por suas famílias ou simplesmente abandonadas. Suas vidas são o Santuário e eles desconhecem qualquer coisa do mundo lá fora. E tudo muda quando Cale e seu amigo decidem procurar "comida de verdade" e descobrem uma parte do Santuário que jamais imaginariam ver, e com uma sequência de acontecimentos faz com que ele e seus amigos decidam fugir do lugar, e é aí que começa várias aventuras.

A escrita não é ruim, apesar de alguns momentos ser um pouco cansativo mas nada que tenha me tirado muito a vontade de ler.

A maneira como o escritor desenrola a história de Cale junto aos acontecimentos ao redor é muito bom, sobre quem Cale realmente é e como foi parar no Santuário. As vezes o problema é focar demais em certas situações do que dividir com outras, como, por exemplo, as torturas que Cale sofre lá. Talvez seja uma maneira de nos fazer entender que Cale realmente sofria lá.

Ele não é o melhor livro que eu li nos últimos tempos e nem o pior, está meio no limbo. Tem uns ápices bons mas também tem umas partes chatas. Espero ver a sequência pra ver se me prende mais do que este primeiro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O pianista [Wladyslaw Szpilman]

Neste livro, jovem e talentoso pianista, recupera suas memórias e as de seus parentes no Gueto de Varsóvia, durante a Segunda Guerra. O autor narra a deportação e morte de toda a sua família, construindo um documento emocionante sobre o Holocausto. Roman Polanski se inspirou no livro para digirir o filme homônimo, vencedor do festival de Cannes. // Esse com certeza foi um dos livros mais chocantes que li até hoje. Quando o assunto é Segunda Guerra Mundial, é sempre chocante em todos os seus aspectos. A única coisa que me incomodou no livro são as páginas brancas desta edição, isso me incomoda pra ler e não consigo ler por muito tempo. Do resto, a narração dos dias sombrios que se ocorreram para milhões de pessoas do ponto de vista de alguém que estava sentindo tudo isso é, ao mesmo tempo perturbador e impressionante. É a Segunda Guerra jogada na nossa cara página após página. Um livro cheio de tensão, com história pesada do sofrimento das pessoas, narrando a visão polític

Deus não está morto [Rice Broocks]

Embasando-se em fatos e em argumentação científica, Rice Broocks ataca o ceticismo regente na concepção de Deus na sociedade moderna e procura mostrar aos seus leitores um trajeto de raciocínio que ajuda a tornar a fé em argumento real e com credibilidade. O objetivo de Broocks é mostrar por que as teorias modernas que procuram desmentir o conceito de Deus podem estar erradas. // Esse é um livro um tanto diferente dos que sou acostumada a ler e gostei. Livros com embasamento de algum assunto, seja ele qual for, correm um sério risco de ficarem chatos e cansativos. Esse não é assim. A leitura é fácil, você consegue compreender os pontos de vista apresentados pelo autor. Seus argumentos são coerentes e mantém uma linha de raciocínio. Numa primeira parte do livro, ele apresenta suas evidências da existência de Deus. Mostra opiniões de grandes ateus e faz suas contra-argumentações. Este livro, porém é voltado ao público cristão, não são apenas teses científicas, o autor, que é c

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban [J.K. Rowlling]

As aulas estão de volta a Hogwarts e Harry Potter não vê a hora de embarcar no Expresso a vapor que o levará de volta à escola de bruxaria. Mais uma vez suas férias na rua dos Alfeneiros, 4, foi triste e solitária. Irritado com a família Dursley que fica pior com a presença da tia Guida, Harry foge da casa dos tios, vai se abrigar no Beco Diagonal. Lá ele reencontra Rony e Hermione, seus melhores amigos em Hogwarts e, para sua surpresa, é procurado pelo próprio Ministro da Magia. \\ Qual é o melhor livro de Harry Potter e porque é o Prisioneiro de Azkaban? Terceiro livro dessa Saga maravilhosa. Terceiro ano de Harry na escola de Hogwarts. Terceiro ano de aventuras e mistérios. Harry, na casa dos seus tios, vê no jornal trouxa que um prisioneiro muito perigoso fugiu da prisão e muito mistério ronda a pessoa de Sirius Black. Ele é acusado de ser aliado de Voldemort e de agora estar atrás de Harry. Então, todo cuidado é pouco. Apresentando novos personagens que se fazem importantes da his